domingo, 8 de março de 2015

Quem a homotransfobia matou hoje?

Por Yasmim Pessoa

Raissa, 19 anos. Desde os dez, deixou de ser Raul, seu nome de registro, e iniciou uma luta contra a sociedade para ser reconhecida pelo gênero com o qual se identificava. Certa noite foi perseguida por três jovens armados com facas que a atacaram friamente. Nove facadas acabaram como o sonho dessa jovem. Ela só queria ser vista como uma mulher. Não deu tempo.
Luana, 23 anos. Desde a infância era apelidada de “Maria Macho” por gostar de brincar com “coisas de menino”. Rejeitada pela família, foi morar com a companheira em outra cidade. Na volta pra casa, foi atacada por dois homens e violentada para que ela se tornasse “mulher de verdade”. Não resistiu à pressão psicológica e cometeu suicídio. Só queria ser dona do seu corpo para amar sem rótulos. Não deu tempo.
         Marcelo, 35 anos. Há cinco, tinha se assumido homossexual para a família, mas desde criança ouvia piadinhas sobre seu jeito “doce” de ser. Voltando do trabalho, foi atraído para uma emboscada e assassinado com três tiros. Seu único desejo era finalmente ser livre pra amar quem ele quisesse. Não deu tempo.
         Essas não são histórias reais. Mas poderiam ser. 

quarta-feira, 4 de março de 2015

A falácia da liberação sexual feminina

Foto: Nayane Maia

Desde a revolução sexual nos anos 70, a sexualidade feminina tem sido exaltada pelos homens, pelos meios de comunicação, pelas mulheres. No entanto, se a mulher exerce sua sexualidade como bem quer e não para agradar aos outros, acaba por ser rechaçada na sociedade.
Nesse cenário, cabe a questão: liberação sexual feminina para quem? Para as mulheres é que não tem sido. Tomemos por exemplo a cantora norte americana Miley Cyrus. A moça tem se hipersexualizado, no entanto é firmemente criticada por não agradar ao público masculino.

No blog Catárticos, Clarissa Wolff faz uma profunda reflexão sobre o tema. Você pode ler o texto clicando no link. (Laís Albuquerque)

terça-feira, 3 de março de 2015

Posso ser chamado pelo meu nome?


Nome social é o nome pelo qual o indivíduo prefere ser chamado, independente da sua identidade de gênero. Os travestis e transexuais são as pessoas que mais utilizam o nome social. Vários órgãos governamentais já adotam essa prática e agora o nome social está sendo adotado pelo conselho tutelar do Distrito Federal. A matéria divulgada pelo site EBC no dia 28 de Janeiro de 2015 mostra os avanços alcançados no meio social em torno do uso do nome social. (Yasmim Pessoa)

Nome social passa a ser adotado nos conselhos tutelares do Distrito Federal

Por Mariana Tokarnia

A Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude do Distrito Federal publicou no dia 28 deste mesmo ano a portaria que determina a inclusão do nome social de travestis e transexuais em fichas de cadastro, prontuários e documentos semelhantes. Com isso, tanto os funcionários da secretaria quanto aqueles que são atendidos por ela poderão usar o nome social. A medida valerá também para os conselhos tutelares.