quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

#Representrans: Renato Guimarães

Descrição para cegos: sentado, Renato sorri para a foto. Ele não tem barba, tem cabelos curtos e veste camisa branca do seu  curso atual, Biologia.
Por Laianna Janu

Nosso protagonista de agora está em transição há apenas quatro meses e nesse mesmo período vem atuando no Petris, Coletivo de Homens Trans da Paraíba, que acolhe e compartilha experiências com os homens que estão iniciando seu processo de transição.
        Vivenciando a experiência de uma grande parcela da comunidade LGBT, Renato foi expulso de casa ao se declarar para a família. Na época, com 18 e ainda se identificando como mulher lésbica, ele passou um ano mudando para onde recebesse abrigo, como a casa dos colegas. Hoje divide um lugar com um amigo, mas sobrevive apenas com bolsas da universidade e não conta com nenhum auxílio, pois seus responsáveis são da cidade.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

#Representrans: Maria Medeiros

Descrição para cegos: Maria posa sorrindo para foto que mostra até a altura da cintura. Ela usa vestido, tem cabelos ondulados e está à frente de barracas de acampamento de uma ocupação estudantil.

Por Laianna Janu

Estudante de Letras Português que veio do interior a João Pessoa para fazer universidade, Maria é trans, militante do Levante Popular da Juventude e da setorial LGBT. Na continuidade dessa série nossa protagonista traz mais reflexões sobre a transfobia estrural.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

#Representrans: Ayune Bezerra

Descrição para cegos: Ayune posa séria para foto tirada por uma câmera frontal. Ela é negra, usa grandes brincos e o cabelo liso, comprido e solto.
Por Laianna Janu

Para abrir esta série de textos sobre visibilidade e representatividade trans de estudantes da UFPB, trazemos uma entrevista com a militante, aluna de Engenharia de Energias Renováveis e mulher trans, Ayune Bezerra.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A Corrida de Obstáculos

Descrição para cegos: A imagem mostra uma sala de jantar, onde, sentados à mesa, um homem à esquerda e uma mulher à direta observam a partida de seu filho. 

A organização Inter-LGBT lançou este ano um vídeo que aborda o difícil exercício da empatia com os LGBT’s. As imagens proporcionam reflexões sobre colocar-se no lugar do outro para entender seus sofrimentos. The Obstacle Course (A Corrida de Obstáculos) aborda o cotidiano de muitos LGBT’s, como as agressões na infância, a exclusão na adolescência, a saída de casa por rejeição familiar, as portas fechadas no mercado de trabalho e a intolerância da sociedade. O vídeo acaba com a mensagem, “Até que a sociedade progrida. Vamos continuar em frente”. Você pode conferi-lo o vídeo aqui. (Robson Martins)

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Identidade Tomboy


Descrição para cegos: cartaz do filme mostra uma criança branca de olhos azuis e cabelos loiros e curtos posicionada em frente a uma parede de flores. A criança veste regata branca e um casaco escuro caído, deixando os ombros à mostra.

Por Laianna Janu

O termo tomboy é utilizado para garotas ou mulheres que seguem traços ou mantém atitudes tidas masculinas, como usar roupas folgadas ou praticar atividades enérgicas como jogar futebol. E foi essa a palavra escolhida para dar nome ao longa francês escrito e dirigido por Celine Scianma.
O filme, de 2011, é amplo e delicado nos debates que traz à tona. Muitas vezes focamos as discussões sobre a sexualidade unicamente nas relações afetivas, contudo é a identidade individual o mais importante e é ela a grande protagonista desse drama durante os 82 minutos.

sábado, 26 de novembro de 2016

“Wasted Blood”: necessidade x preconceito

Descrição para cegos: imagem mostra, nas laterais, rostos de homens e, ao centro, o nome do site, com uma gota de sangue nas cores da bandeira LGBT, que são as 7 do arco-íris.

Por Robson Martins

Wasted Blood, milhões de litros de sangue desperdiçados por puro preconceito”, é uma campanha que aborda um tema muito controverso entre os LGBT’s: a doação de sangue. No Brasil, homens homossexuais ou bissexuais que tenham relações com outros homens sofrem restrição para doar sangue.
Para o Ministério da Saúde, existem regras sanitárias de proteção para quem vai receber a transfusão do sangue. Seria necessário então, 12 meses de abstinência sexual para eliminar possíveis infecções. Até 2004, homens homossexuais eram proibidos de doar sangue. Somente em 2013, com a Portaria n0 2712, seguiu-se a recomendação da Organização Mundial da Saúde, junto com a Organização Pan-Americana de Saúde sobre a restrição de homens que fazem sexo com homens (HSH), de que os doadores sejam de baixo risco e que sejam analisadas as amostras de sangue.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Matou

Descrição para cegos: a imagem com fundo preto é também ilustrada por um capuz na cor cinza que tem forma humana. Na imagem não é possível ver o rosto ou qualquer feição do ser.

Por Cephas Castro

A homo-lesbo-bi-transfobia levou sorrisos, família, esperança, justiça. A LGBTfobia te deixou marcas, te deu voz, vociferou e te calou. Calou-se! Não mais falou, por mim não se preocupou. Sofreu, lutou e a dor conquistou. A tua, a minha, da nossa família, de milhares que amordaçou. A homofobia te dilacerou, despedaçou, não acrescentou. Não te valorizou, só subjugou o teu amor – por mim. Mas nem sequer ouvistes o meu clamor. Nem a ti poupou.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Ser criança...


Descrição para cegos: a imagem com fundo na cor preta, contém as palavras: ser – nas cores da bandeira do movimento LGBT (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e lilás). Abaixo está escrito na cor branca, a palavra: criança, seguida de três pontos.


Por Cephas Castro

           Lançado pelo portal e coletivo Nós 2, o documentário Ser criança... é uma idealização do jornalista e diretor do filme, Theo Borges, e do fotógrafo e produtor, Ricardo Puppe, ambos militantes radicados em João Pessoa-PB. O enredo busca visitar o passado dos personagens, membros da comunidade LGBT que se despuseram a reviver histórias frente às câmeras.

sábado, 19 de novembro de 2016

Do começo ao fim

Descrição para cegos: A imagem mostra Francisco sorrindo ao olhar Thomás, que também sorri, com o rosto coberto com estuma de barbear. 

Por Robson Martins

Dirigido por Aluízio Abranches, Do começo ao fim (2009) é um filme brasileiro que envolve dois temas ainda polêmicos, a homossexualidade e o incesto. Corajoso, o filme retrata a história de dois irmãos, Francisco e Thomás (Rafael Cardoso e João Gabriel Vasconcellos), que acabam se apaixonando.
Filho de Julieta e Alexandre (Júlia Lemmertz e Fábio Assunção), Thomás nasceu ainda com os olhos fechados. Semanas depois, ao abri-los, enxergou pela primeira vez seu irmão mais velho, Francisco, filho de Julieta e Pedro (Pierre Noher), primeiro marido da sua mãe que morava na Argentina.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Transgredir

Descrição para cegos: a imagem em preto e branco contém três imagens alinhadas. A primeira imagem é de um olho, a segunda imagem contém uma mecha de cabelos e a terceira imagem é composta por uma boca. Na imagem não é possível identificar se as fotos que a compõem são de um homem ou de uma mulher.

Por Cephas Castro


Acordei!
Levantei,
Me banhei,
Escovei,
Me enxuguei, me arrumei e café recebi. Aceitei.
Segui.
O ônibus tomei, na faculdade cheguei ao trabalho marchei.
Com o horário nem me importei. Do futuro não sei e aqui e ali não me encaixei.
Amizades ganhei, perdi, me desfiz e me reinventei.
Baladas aproveitei, viajei.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Coisas de homem


Em outubro, o Mel (Movimento do Espírito Lilás) e a sessão paraibana da OAB lançaram um vídeo contra a homofobia intitulado Coisas de Homem. Por um lado, ele tenta quebrar estereótipos de que a sensibilidade, a ternura e a delicadeza não são condizentes com o gênero masculino. Por outro, aponta como não sendo coisas de homem o uso da violência, o desrespeito e a grosseria com as mulheres. Na cena final, mostra o beijo de dois homens, que empurram o carrinho de bebê do filho. Você pode conferir o vídeo aqui. (Robson Martins)

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

IV Festival de Cinema da Diversidade Sexual

Descrição para cegos: cartaz do evento que mostra mulher segurando um pirulito colorido, onde está o nome do festival. Da boca dela sai um balão com a frase: "No quarto é melhor". 

Por Robson Martins

O Recifest - Festival da Diversidade Sexual e de Gênero, dedicado à temática LGBT, ocorrerá desta terça-feira a sábado, no Cinema São Luiz, no bairro da Boa Vista, Recife. Com entradas gratuitas, a quarta edição do evento traz ainda lançamentos de livros, seleção de animações, e a estreia de duas produções em longa-metragem: Divinas Divas, documentário de Leandra Leal, e Amores Santos, de Dener Giovani.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Se pedir respeito é demais…

Descrição para cegos: pintura em aquarela da artista plástica Lívia Costa que mostra apenas metade de um rosto em que se veem traços femininos e masculinos
Por Laianna Janu

Uma transexual baiana é alvo de preconceitos e indigna-se. Ela não é obrigada a aceitar aquela situação. Revida xingamentos hostis por andar de mãos dadas com seu companheiro em uma praça pública, porque para os outros, ali “é um ambiente familiar”. E ela “não é de família”. Mas o preconceito parece não ser ofensivo o suficiente.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Minha vida em cor-de-rosa

Descrição para cegos: cartaz do filme mostra
Ludovic usando um vestido, com os
braços abertos e entre nuvens.
Por Robson Martins

O Filme belga Minha vida em cor-de-rosa (Ma vie en rose, Bélgica/França/Inglaterra, 1997), dirigido por Alain Berliner, conta a história de Ludovic Fabre. Um menino de apenas sete anos de idade, que se entende e se comporta como uma menina.
Ludovic, interpretado por George DuFresne, começa a enfrentar obstáculos até assumir uma identidade feminina. Sua família, ainda meio confusa, oscila entre a aceitação ou recusa de seu comportamento. Em uma festa promovida por seus pais, o “menino” apresenta os primeiros sinais de transgeneridade. Maquiagem, vestidos e saltos começam a fazer parte do universo de Ludovic.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Entre gêneros: androgenias e transgressões

Descrição para cegos: foto mostra Rico
Dalasam, 
rapper gay, usando vestido e

postando bolsa feminina. no meio de uma rua
Por Robson Martins

A desconstrução do feminino e masculino é a essência das fotografias feitas por Diego Ciarlariello para a exposição Entre Gêneros.
O fotógrafo é formado em Processos Fotográficos pelo Senac de São Paulo, com seis anos de atuação no segmento cultural e ganhador do prêmio de Melhor Fotografia do concurso Revela São Paulo, em 2012.
Arte, diversidade e gênero se misturam para contar a historia de diversos artistas. Desde Ney Matogrosso, na década de 70, até jovens cantores como Liniker Barros e Johnny Hooker. Além destes foram retratados Aretha Sadick, Assucena Assucena e Raquel Vírginia (ambas do grupo As Bahias e A Cozinha Mineira), Caio Prado, Daniel Chaudon e Diego Moraes, Gael Badaró, Jaqueline Rocha Côrtes, João W. Nery (escritor e ativista trans), Laerte Coutinho (cartunista paulistana), Leci Brandão, Lia Clark, Lineker, Mc Linn da quebrada, Mel Gonçalves (Banda Uó), Pabllo Vittar e Rico Dalasam.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Em exposição: o diverso

Descrição para cegos: a imagem é composta por penas de araras. Nas cores vermelho, azul, verde, amarelo em diferentes tons, estão umas sobrepostas as outras.

Por Cephas Castro

            Primeiro museu voltado para a temática da diversidade sexual, o Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade Sexual ou MDS (Museu da Diversidade Sexual) está sediado em São Paulo desde 2012, vinculado à Secretaria de Cultura do Estado.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Vida

Descrição para cegos: O desenho mostra um rapaz ajoelhado em frente a seu namorado, um cadeirante. Eles estão quase se beijando.
Desenho: Ivana Alves 

Por Robson Martins

Foram os teus beijos.
O encontro de lábios que derrubou preconceitos e levou consigo qualquer dúvida que pudesse existir em mim. Agora, homens já se beijavam.
Foram os teus sorrisos.
Tua alegria me fez esquecer as muralhas que existiam em mim. Religião, família e toda a sociedade não me impediriam de ser feliz. Sem prisões. Livre.
Foram os teus olhos.
Esses, quase sempre cheios de lágrimas a me ver, me hipnotizaram. Levaram-me a lugares altos. Águia. Elevaram-me. E assim, pude me conhecer por completo.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

#eSeFosseEu

Descrição para cegos: a imagem traz foto de um jovem com o rosto encoberto por um ramo e óculos escuros. Abaixo, um recorte de jornal onde se lê, como antetítulo: “Homofobia mata”, seguido do título “Jovem Gay é brutalmente assassinado na Rua Augusta”. Seguem-se duas linhas da notícia: “Corpo foi encontrado desfigurado em beco, sem roupas e com sinais de tortura. Documentos foram levados, dificultando a identificação.”

Por Cephas Castro

            Jovens “morrem” nas redes sociais para levantar a discussão acerca da necessidade de criminalização da homofobia.
Por meio do compartilhamento de fotos como recortes de uma manchete de jornal, os amigos Caio Locci e Gabriel Colombo deram início, em 2014, à campanha “E se fosse eu?”

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Quebra-cabeça brasileiro

Descrição para cegos: a imagem em preto e branco representa uma parede de tijolos aparentes.


Por Cephas Castro

Às vezes pareço aquela peça do quebra-cabeça que a gente demora a encaixar.
No jogo da vida eu vim numa família e ao meu redor peças foram sendo milimetricamente dispostas. Mudá-las de posição seria então abrir a caixa de pandora e a vida fazer revirar. Resolvi que as peças não deveriam ali ficar. Não por escolha ou por simplesmente questionar. Era isso ou aos meus instintos negar.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Sobre voltar sozinho

Descrição para cegos: a  imagem, retirada do trailer do filme “Hoje eu quero voltar sozinho”, mostra os personagens principais, Leonardo, Gabriel e Giovana – interpretados por Tess Amorim, Fabio Audi e Guilherme Lobo – vistos de cima e deitados à borda de uma piscina em um dia ensolarado. 


Por Cephas Castro

           Deficiência visual, sexualidade e os dramas juvenis são a base para o aclamado longa-metragem brasileiro “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”.
        Lançado em 2014 pela Lacuna Filmes e com direção de Daniel Ribeiro, o longa conta a história de Leonardo. Adolescente cego e que está em processo de descobertas enquanto luta por liberdade em contraponto com suas limitações.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Como coração de mãe


Descrição para cegos: a imagem em preto e branco mostra duas conchas de caracóis em tamanhos diferentes. A concha menor está em cima da maior e, em torno, há pedras.


Por Cephas Castro

Ali estava ele, com portas abertas, gaveteiro, maleiro e tudo o que tinha direito: o armário!
Entrei sem perceber naquele imenso vazio. Parecia aconchegante até que me sentei e me isolei naquele refúgio. Fiz dele minha morada, pus mais água no feijão e diariamente alimentei raiva, medo, vergonha e demais sentimentos negativos. O mundo para mim já estava fora do eixo, não fazia sentido.Minha filha agora dizia ser um menino.
Naquele momento me faltou entendimento e, ao sair, sem perceber ou querer, ela deixou as portas abertas e entrei para um novo caminho.

domingo, 25 de setembro de 2016

Representatividade importa! Relatos de um Beto

Descrição para cegos: No lado direito da foto temos Roberto, de camisa xadrez azul e branca e com casaco listrado preto e cinza por cima. Ele usa óculos, barba e posa sério na frente de uma parede branca com poemas.
Por Laianna Janu

Ok! Você concorda que as pessoas podem fazer parte da comunidade LGBT desde que seja bem, mas muito bem, longe de seu entorno. Mas, e se essa pessoa for alguém que você, obrigatoriamente, precisa "suportar" por perto, o que fazer? Se for, por exemplo, um professor, você vai trancar a disciplina até que ocorra a mudança do docente?
        Essa questão pode parecer boba, mas mostra a importância da representatividade em todos os lugares e âmbitos sociais, pois a mera presença é pedagógica.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Histórias e preconceitos no Dia da Visibilidade Bissexual

Descrição para cegos: bandeira do orgulho bissexual tremulando em espaço aberto. Ela tem três faixas horizontais sendo largas em cima e embaixo e estreita no centro. 
Por Laianna Janu

Desde 1999, 23 de setembro é o Dia da Visibilidade Bissexual. A data foi criada por três ativistas dos direitos bissexuais dos Estados Unidos: Wendy Curry, Gigi Raven e Michael Page - o também designer da bandeira bissexual que foi desenvolvida um ano antes, em 1998, com intuito de dar à comunidade bi o seu próprio símbolo. Na bandeira, a faixa rosa representa a atração sexual pelo mesmo sexo; a faixa azul embaixo, a atração sexual pelo sexo oposto, e, no centro, o lilás, combinação das duas outras cores, representa a atração sexual por ambos os sexos.

domingo, 11 de setembro de 2016

Paraíba no The Drag Series

Descrição para cegos: montagem de nove fotos das drags paraibanas em três linhas e três colunas. Todas elas mostradas até o busto bem produzidas e maquiadas em frente a um fundo branco

Por Laianna Janu

O projeto fotográfico The Drag Series, criado em maio de 2016 pelo fotógrafo Fernando Cysneiros, incluiu, pela primeira vez, drag queens paraibanas. Nove personagens das cidades de João Pessoa e Campina Grande entraram para a lista desse portfólio que já conta com a presença de drags de Maceió (AL), Uberlândia (MG), Santiago (CHI) e de participantes do seriado RuPaul'sDragRace.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Que todo dia seja Dia da Visibilidade Lésbica

Descrição para cegos: foto mostra mãos entrelaçadas de duas mulheres. Parte dos corpos de cada uma aparece na lateral da imagem. Uma veste calça jeans e a outra, saia e blusa.
Por Laianna Janu

       Sim! Eu sou sapatão. Fui apontada semana passada por um cara na rua como uma sapatão porque havia revidado um dele. O elogio era um assédio, mas o sapatão - utilizado como xingamento - é sim meu termo de autoafirmação.
       Mas de onde saiu essa ideia que ser sapatão é uma coisa ruim? Estou cansada de ouvir que nós não somos mulheres de verdade, que não queremos ser mães. Quem que inventou todas essas mentiras absurdas? Várias perguntas como essa sempre assolam a minha cabeça.
       Senti minha primeira atração por uma menina aos doze anos. Mas como iria falar para meus pais se só escutava, frequentemente, insultos a uma familiar que tinha tido um caso com uma mulher há anos? Como me abrir se só ouvia: "Tudo bem você ser amiga, mas você ser... É demais"? Como poder contar se, quando questionada pela minha mãe sobre minha sexualidade, escutei aos gritos que se ser lésbica fosse minha felicidade teria que esperar ela morrer para poder ser feliz?

sábado, 27 de agosto de 2016

Minhas Mães e Meu Pai

Descrição para cegos: Cartaz do filme mostra as mães e o pai na parte superior e cena de refeição com toda família na parte inferior

Por Laianna Janu

Nesta semana da visibilidade lésbica trazemos a resenha de um longa de Lisa Cholodenko. O filme “Minhas Mães e Meu Pai”, com título original “The Kids Are All Right” (as crianças estão bem), lançado em 2010, narra a história de Nic (Annette Bening) e Jules (Julianne Moore), um casal de lésbicas juntas há quase 20 anos que conceberam dois filhos por inseminação artificial.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O levante das bee é o close certo

Descrição para cegos: imagem retirada do vídeo clipe da música “Fiscal”, de MC Queer, mostra integrantes da comunidade LGBTQ perfilados em um galpão e com roupas em tons preto, cinza e branco. Ao fundo, lâmpadas fluorescentes.     

Por Cephas Castro

       Com letras de empoderamento LGBTQ ou fazendo uso de suas imagens (propositalmente ou não) para levantarem questionamentos acerca da temática em questão, a visibilidade vem por meio da música. E se não tem abertura na grande mídia brasileira, o YouTube tornou-se alternativa.
        Liniker, As baianas e a Cozinha Mineira, Banda Uó, Rico Dalassam, MC Queer, MC Trans, Pablo Vittar, Johnny Hooker são apenas alguns nomes que despontam e se atrelam a tantos outros no ambiente virtual. Cada um à sua maneira conquista e concede visibilidade a temas antes restritos. Unem-se dessa maneira aos hinos icônicos internacionais e que personificaram personagens nas décadas de 70 e 80, como I Will Survive (Glória Gaynor), Y.M.C.A. (Village People), I Want You Break Free (Queen).

sábado, 20 de agosto de 2016

15ª Parada do Orgulho LGBT de João Pessoa

Descrição para cegos: O cartaz, branco com tintas coloridas derramadas nas laterais, contém uma digital colorida à esquerda e ao lado o nome do evento. Abaixo estão o tema, data, local e horário.

Por Robson Martins

A 15a edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de João Pessoa será realizada no próximo domingo (21/08), na Orla do Cabo Branco. A concentração será às 18h, no Sesc-Cabo Branco, finalizando o percurso no Busto de Tamandaré.
Muito mais que um evento comemorativo, a Parada do Orgulho LGBT de João Pessoa sempre foi um momento político. Durante as edições anteriores houve discursos que protestaram contra todo o preconceito, violência física, verbal e institucional. Sempre se protestou contra crimes que aconteceram contra homossexuais e celebraram-se as conquistas do movimento LGBT.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Hora da morte

Descrição para cegos: A imagem em preto e branco, feita em carvão pela artista plástica Gabriela Güllich, mostra a parte superior do rosto de um jovem, com um olhar de desesperança.
Por Cephas Castro

Eu talvez não tenha sido sincero contigo - nem comigo. Eu nem sempre sou sorrisos, nem sempre tenho planos, nem sempre sou amigo - meu amigo. Então, é chegada a hora da morte. 
É, resolvi desligar os aparelhos, eutanasiar a mim. Será possível?
A lei não me interessa e talvez nem eu tenha interessado a ela. Então!
Eles deveriam me proteger, te proteger. Mas não, criam espetáculos, armam as tendas e distorcem debates importantes que poderiam ter me mantido vivo. Terá sido um circo?

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Isso quer dizer amor


Descrição para cegos: a imagem mostra a personagem principal cercada por familiares e amigos na comemoração das bodas do casamento de seus pais. Sorridentes, todos os presentes se confraternizam.

Por Cephas Castro 

                Para promover a luta no combate a LGBTfobia, o governo do estado de Minas Gerais lançou em julho um vídeo protagonizado por uma mulher trans.
Ao som da canção Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor, de Lô e Márcio Borges, o vídeo conta a história de vida da personagem principal. Durante 1:16 minutos, é possível acompanhar a infância, período de descoberta e conflito familiar decorrente da transfobia.
Com um final comovente, o vídeo institucional dirigido por Eduardo Zunza concede visibilidade à questão em destaque primando pelo respeito à diversidade sexual e o papel fundamental das famílias no enfrentamento à LGBTfobia.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Meu nome é Jacque

Descrição para cegos:
Cartaz do filme mostra o perfil da personagem

Por Robson Martins

Lançado no dia 15 de abril, no Rio de Janeiro, o documentário Meu Nome é Jacque, dirigido por Angela Zoé, retrata a trajetória de Jacqueline Rocha Côrtes (Jacque), uma mulher transexual, portadora do vírus HIV há 22 anos e ex-funcionária do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids). Ela foi professora de inglês, funcionária do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais (DDAHV) do Ministério da Saúde e ativista em ONG’s.
Em um trecho do documentário, Jacque afirma que “a partir do momento que uma pessoa como você, vivendo com AIDS, com a transexualidade, está no Governo, em uma área de cooperação internacional, só a sua presença em uma reunião, por exemplo, já é uma quebra de paradigma”.

domingo, 3 de julho de 2016

MILK, a voz da igualdade

Descrição para cegos:
Cartaz do filme mostra várias cenas e, sobreposta
a elas, foto do personagem principal
Por Daiane Lima

Lançado em 2008 e dirigido por Gus Vant Sant, MILK, A voz da igualdade é um filme americano  que retrata a história real de Harvey Milk (Sean Penn), ativista e político estadunidense que foi o primeiro homossexual assumido a ser eleito para um cargo público no Estado da Califórnia.
A trama traz a cidade de São Francisco, na Califórnia, como o centro dos acontecimentos. Harvey Milk se muda para cidade e junto com seu namorado Scott (James Franco) abre uma loja de material fotográfico. O bairro escolhido é o Castro, que anos depois ficará bastante conhecido como bairro dos gays, pois a população LGBT começará a residir lá.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Samba representa famílias modernas

Descrição para cegos: foto mostra o sambista
Fernando Procópio segurando o microfone.
Por Cy Baptista

A composição carioca Eu vos declaro discute preconceito, modelo de família e gênero. A autoria do samba é do cantor e compositor Fernando Procópio, em parceria com Flávio Galiza. Eles propõem uma reflexão sobre as relações homoafetivas, já que a temática é tão presente na sociedade. Além disso, a música une o bom humor do samba ao conceito múltiplo de família.
A música surgiu logo após o projeto lei que pretende alterar o Estatuto da Família. O texto da proposta define o modelo de família no Brasil a partir da união entre um homem e uma mulher. Nesse sentido, a união entre pessoas do mesmo sexo não é contemplada. Através da arte, o sambista compara esse modelo da família tradicional com as relações atuais.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Comercial mexicano retrata casal gay

Descrição para cegos: Casal gay (homens) se olham e dão as mão sentados em um sofá.

Em comemoração ao Orgulho Gay, que aconteceu no dia 28 de junho, a Colgate lançou no México um comercial em que aborda o amor entre dois homens. No vídeo, um casal gay se muda para um apartamento. Enquanto eles sobem as escadas carregando um sofá, um homem mais velho e uma criança aparecem. O olhar do casal é de medo da reação. Os dois então ajudam o casal. O vídeo termina com o casal no novo lar e a frase “smile with pride”, que quer dizer “sorria com orgulho”. O anúncio é o primeiro com um casal gay no país. Você pode conferir o vídeo clicando aqui. (Daiane Lima)