sábado, 26 de novembro de 2016

“Wasted Blood”: necessidade x preconceito

Descrição para cegos: imagem mostra, nas laterais, rostos de homens e, ao centro, o nome do site, com uma gota de sangue nas cores da bandeira LGBT, que são as 7 do arco-íris.

Por Robson Martins

Wasted Blood, milhões de litros de sangue desperdiçados por puro preconceito”, é uma campanha que aborda um tema muito controverso entre os LGBT’s: a doação de sangue. No Brasil, homens homossexuais ou bissexuais que tenham relações com outros homens sofrem restrição para doar sangue.
Para o Ministério da Saúde, existem regras sanitárias de proteção para quem vai receber a transfusão do sangue. Seria necessário então, 12 meses de abstinência sexual para eliminar possíveis infecções. Até 2004, homens homossexuais eram proibidos de doar sangue. Somente em 2013, com a Portaria n0 2712, seguiu-se a recomendação da Organização Mundial da Saúde, junto com a Organização Pan-Americana de Saúde sobre a restrição de homens que fazem sexo com homens (HSH), de que os doadores sejam de baixo risco e que sejam analisadas as amostras de sangue.

Contra as regras do Ministério da Saúde, este ano, a campanha Wasted Blood foi às ruas de São Paulo, com 50 mil litros de líquido vermelho, transportado por um caminhão, com o intuito de impactar a população com a quantidade diária de sangue que o Brasil perde por causa da portaria.

O site da Wasted Blood, ainda conta com uma lista de espera simbólica que contabiliza as pessoas que seriam beneficiadas e uma fila de doação. 

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