sábado, 25 de junho de 2016

Save Sarah e a cura gay

                           Por Daiane Lima

No início do mês, o ator americano Jeremy Jordan, da série Supergirl, lançou a campanha Save Sarah. Ele relatou no Facebook a situação da sua prima Sarah, de 17 anos, que estava internada num acampamento para uma espécie de cura gay. Jeremy pedia ajuda para libertá-la.
O texto dizia: “Eu não acredito que crianças bonitas, espertas e incríveis como minha prima Sarah ainda estão sendo ditas de que ser gay é errado. Mas, isso é pior para Sarah... Ela está num lugar que ajuda a ‘se livrar da homossexualidade’ por um ano, sem comunicação com o mundo. Ela talvez não poderá ver isso agora, mas por favor mostre a ela o quanto ela importa e nos ajude a libertar essa mulher jovem e maravilhosa e trazê-la de volta para um mundo de amor e aceitação”.


Segundo ele, o motivo que levou a prima a ser internada foi o fato da garota querer ir ao baile da escola com sua namorada. Os pais de Sarah descobriram assim o romance da filha e resolveram interná-la no acampamento.
Jeremy então criou uma página no site Gofundme com o objetivo de arrecadar dinheiro para pagar advogados e ajudar Sarah. A arrecadação passou de 64 mil dólares e Sarah foi libertada. Jeremy informou que o dinheiro arrecadado foi usado para pagar os advogados, mas também será depositado numa poupança para auxiliar Sarah nos estudos da faculdade e em sua vida.
No Brasil, a chamada “cura gay” já foi muito discutida. Em 2014, um projeto que tratava do assunto chegou a tramitar na Câmara dos Deputados. De autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), previa a remoção da homossexualidade através de tratamento psicológico. O projeto foi arquivado por iniciativa do próprio autor, por conta de manifestações contrárias em todo o país.
É importante afirmar que a homossexualidade não é uma doença e que, portanto, não necessita de uma cura. Ela está ligada à sexualidade, ao desejo da pessoa de se relacionar com um indivíduo do mesmo sexo.
Enquanto o respeito à liberdade sexual do outro não for levado em conta, muitos adolescentes como Sarah sofrerão com o mesmo tipo de violência e ignorância, que é privar alguém da escolha de amar quem quiser.


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