quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O levante das bee é o close certo

Descrição para cegos: imagem retirada do vídeo clipe da música “Fiscal”, de MC Queer, mostra integrantes da comunidade LGBTQ perfilados em um galpão e com roupas em tons preto, cinza e branco. Ao fundo, lâmpadas fluorescentes.     

Por Cephas Castro

       Com letras de empoderamento LGBTQ ou fazendo uso de suas imagens (propositalmente ou não) para levantarem questionamentos acerca da temática em questão, a visibilidade vem por meio da música. E se não tem abertura na grande mídia brasileira, o YouTube tornou-se alternativa.
        Liniker, As baianas e a Cozinha Mineira, Banda Uó, Rico Dalassam, MC Queer, MC Trans, Pablo Vittar, Johnny Hooker são apenas alguns nomes que despontam e se atrelam a tantos outros no ambiente virtual. Cada um à sua maneira conquista e concede visibilidade a temas antes restritos. Unem-se dessa maneira aos hinos icônicos internacionais e que personificaram personagens nas décadas de 70 e 80, como I Will Survive (Glória Gaynor), Y.M.C.A. (Village People), I Want You Break Free (Queen).

        Por meio de músicas que incorporam as vivências do público em questão ou aflorando seu lado artístico e resignificando a imagem e o conceito de gênero pré-determinado, essas e esses artistas estão sempre em processo de desconstrução e construção – e provocando o mesmo em seus ouvintes. Através do funk, brega, MPB, RAP e demais gêneros musicais as bee, as mina, as mona, as travestis têm espaço garantido no site de compartilhamento de vídeos e suas vozes estão sendo ouvidas por meio dessa nova construção que se segue.
        As letras, algumas consideradas “pesadas” por serem diretas, não vão te machucar tanto quanto a agressão proposital e desproporcional sofrida pelos integrantes da comunidade LGBTQ.
        Aqui o close é certo, fiscal de amor não tem vez e o fervo também é luta!



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será publicado em breve.