segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Que todo dia seja Dia da Visibilidade Lésbica

Descrição para cegos: foto mostra mãos entrelaçadas de duas mulheres. Parte dos corpos de cada uma aparece na lateral da imagem. Uma veste calça jeans e a outra, saia e blusa.
Por Laianna Janu

       Sim! Eu sou sapatão. Fui apontada semana passada por um cara na rua como uma sapatão porque havia revidado um dele. O elogio era um assédio, mas o sapatão - utilizado como xingamento - é sim meu termo de autoafirmação.
       Mas de onde saiu essa ideia que ser sapatão é uma coisa ruim? Estou cansada de ouvir que nós não somos mulheres de verdade, que não queremos ser mães. Quem que inventou todas essas mentiras absurdas? Várias perguntas como essa sempre assolam a minha cabeça.
       Senti minha primeira atração por uma menina aos doze anos. Mas como iria falar para meus pais se só escutava, frequentemente, insultos a uma familiar que tinha tido um caso com uma mulher há anos? Como me abrir se só ouvia: "Tudo bem você ser amiga, mas você ser... É demais"? Como poder contar se, quando questionada pela minha mãe sobre minha sexualidade, escutei aos gritos que se ser lésbica fosse minha felicidade teria que esperar ela morrer para poder ser feliz?

sábado, 27 de agosto de 2016

Minhas Mães e Meu Pai

Descrição para cegos: Cartaz do filme mostra as mães e o pai na parte superior e cena de refeição com toda família na parte inferior

Por Laianna Janu

Nesta semana da visibilidade lésbica trazemos a resenha de um longa de Lisa Cholodenko. O filme “Minhas Mães e Meu Pai”, com título original “The Kids Are All Right” (as crianças estão bem), lançado em 2010, narra a história de Nic (Annette Bening) e Jules (Julianne Moore), um casal de lésbicas juntas há quase 20 anos que conceberam dois filhos por inseminação artificial.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O levante das bee é o close certo

Descrição para cegos: imagem retirada do vídeo clipe da música “Fiscal”, de MC Queer, mostra integrantes da comunidade LGBTQ perfilados em um galpão e com roupas em tons preto, cinza e branco. Ao fundo, lâmpadas fluorescentes.     

Por Cephas Castro

       Com letras de empoderamento LGBTQ ou fazendo uso de suas imagens (propositalmente ou não) para levantarem questionamentos acerca da temática em questão, a visibilidade vem por meio da música. E se não tem abertura na grande mídia brasileira, o YouTube tornou-se alternativa.
        Liniker, As baianas e a Cozinha Mineira, Banda Uó, Rico Dalassam, MC Queer, MC Trans, Pablo Vittar, Johnny Hooker são apenas alguns nomes que despontam e se atrelam a tantos outros no ambiente virtual. Cada um à sua maneira conquista e concede visibilidade a temas antes restritos. Unem-se dessa maneira aos hinos icônicos internacionais e que personificaram personagens nas décadas de 70 e 80, como I Will Survive (Glória Gaynor), Y.M.C.A. (Village People), I Want You Break Free (Queen).

sábado, 20 de agosto de 2016

15ª Parada do Orgulho LGBT de João Pessoa

Descrição para cegos: O cartaz, branco com tintas coloridas derramadas nas laterais, contém uma digital colorida à esquerda e ao lado o nome do evento. Abaixo estão o tema, data, local e horário.

Por Robson Martins

A 15a edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de João Pessoa será realizada no próximo domingo (21/08), na Orla do Cabo Branco. A concentração será às 18h, no Sesc-Cabo Branco, finalizando o percurso no Busto de Tamandaré.
Muito mais que um evento comemorativo, a Parada do Orgulho LGBT de João Pessoa sempre foi um momento político. Durante as edições anteriores houve discursos que protestaram contra todo o preconceito, violência física, verbal e institucional. Sempre se protestou contra crimes que aconteceram contra homossexuais e celebraram-se as conquistas do movimento LGBT.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Hora da morte

Descrição para cegos: A imagem em preto e branco, feita em carvão pela artista plástica Gabriela Güllich, mostra a parte superior do rosto de um jovem, com um olhar de desesperança.
Por Cephas Castro

Eu talvez não tenha sido sincero contigo - nem comigo. Eu nem sempre sou sorrisos, nem sempre tenho planos, nem sempre sou amigo - meu amigo. Então, é chegada a hora da morte. 
É, resolvi desligar os aparelhos, eutanasiar a mim. Será possível?
A lei não me interessa e talvez nem eu tenha interessado a ela. Então!
Eles deveriam me proteger, te proteger. Mas não, criam espetáculos, armam as tendas e distorcem debates importantes que poderiam ter me mantido vivo. Terá sido um circo?

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Isso quer dizer amor


Descrição para cegos: a imagem mostra a personagem principal cercada por familiares e amigos na comemoração das bodas do casamento de seus pais. Sorridentes, todos os presentes se confraternizam.

Por Cephas Castro 

                Para promover a luta no combate a LGBTfobia, o governo do estado de Minas Gerais lançou em julho um vídeo protagonizado por uma mulher trans.
Ao som da canção Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor, de Lô e Márcio Borges, o vídeo conta a história de vida da personagem principal. Durante 1:16 minutos, é possível acompanhar a infância, período de descoberta e conflito familiar decorrente da transfobia.
Com um final comovente, o vídeo institucional dirigido por Eduardo Zunza concede visibilidade à questão em destaque primando pelo respeito à diversidade sexual e o papel fundamental das famílias no enfrentamento à LGBTfobia.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Meu nome é Jacque

Descrição para cegos:
Cartaz do filme mostra o perfil da personagem

Por Robson Martins

Lançado no dia 15 de abril, no Rio de Janeiro, o documentário Meu Nome é Jacque, dirigido por Angela Zoé, retrata a trajetória de Jacqueline Rocha Côrtes (Jacque), uma mulher transexual, portadora do vírus HIV há 22 anos e ex-funcionária do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids). Ela foi professora de inglês, funcionária do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais (DDAHV) do Ministério da Saúde e ativista em ONG’s.
Em um trecho do documentário, Jacque afirma que “a partir do momento que uma pessoa como você, vivendo com AIDS, com a transexualidade, está no Governo, em uma área de cooperação internacional, só a sua presença em uma reunião, por exemplo, já é uma quebra de paradigma”.