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Descrição para cegos: Ilustração da
bandeira LGBT sendo torcida. Dela escorre sangue.
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A
cada dia, nossa sociedade evolui nos setores da ciência, tecnologia, medicina,
tudo convergindo para prolongar nossa vida na terra. Porém,
apesar dessa onda de evolução, o Brasil e outros países vêm sendo marcados pela
desvalorização da vida humana. Os que fogem dos padrões impostos, são
marginalizados, mortos e silenciados. É cada vez maior o número de pessoas que
aderem ao conceito de ‘família tradicional heteronormativa’, repugnando tudo
que vai contra esse conceito.
Infelizmente,
no ano de 2017, nos Estados Unidos, Donald Jonh Trump assumiu a presidência do
país. Seu discurso prometia tornar o país grande novamente, mas isso
contrastava com sua concepção a respeito de mulheres, negros e LGBTs. Durante
sua campanha, mostrou abertamente o quão machista, racista e homofóbico era,
causando revolta em parte da população e identificação, em outra.
Já
no Brasil, a tragédia aconteceu em 2019, ano em que Jair Messias Bolsonaro, um
político acéfalo, e igualmente racista, homofóbico e machista, assumiu o cargo
de Presidente da República Federativa do Brasil, democraticamente eleito. Assim
como Trump, Jair trazia em seu discurso, promessas de potencializar a produção
brasileira, e de restaurar o cumprimento das leis e bons costumes. Seu discurso
tinha como alvo a ‘família tradicional brasileira’, a noção heteronormativa
predominante na sociedade.
O
discurso de ódio disseminado durante a campanha fomentou e fundamentou ações
contra quem foge dessa concepção. A população LGBTQ+ sofreu e está sofrendo com
isso. Violência física, psicológica e mais, estamos vivendo um genocídio. A
frase ‘morreu porque merecia’ se tornou parte do cotidiano. Essa onda de
conservadorismo vem atingindo quem difere dos padrões impostos, causando a
marginalização de muitos, roubando a liberdade de milhares, tirando o sossego
daqueles que não se sentem parte dessa atual conjuntura que prega o progresso e
a ordem, mas mata quem busca igualdade de direitos, de vida, de dignidade
humana.
Esse
suposto progresso busca silenciar e calar as revoluções, o pensar. Quem diria
que no século XXI ainda teríamos que lutar para existir, para que seja
respeitada a individualidade do sujeito. Sempre houve quem justificasse a
homofobia, que é injustificável, isso não é resultado do mandato de Bolsonaro.
Fica cada vez mais nítido que foi aceita a cegueira em troca de uma falsa ordem
e um progresso fake. A situação em que se encontra nosso país, pode ser
facilmente definida como uma selva capitalista onde os privilegiados
sobrevivem: homens, brancos, ricos, heterormativos.
Por: Joyci Medeiros
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