quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Consideramos justa toda forma de amor?

Foto: Yasmim Pessoa

      Quando um homem e uma mulher trocaram carícias e beijos em público, acham normal e até bonitinho. Mas se pessoas do mesmo sexo demonstram carinho nessas mesmas condições, são olhadas com estranheza. Afinal, por que essa distinção entre as duas situações se, em ambas, se trata de seres humanos?
      De um lado os religiosos se baseiam na Bíblia para contestar os homossexuais usando a referência de Adão e Eva como a única forma de relação amorosa aceitável. O diferente deste padrão é tachado de imoral ou até satânico. Do outro lado há os que defendem a liberdade e o respeito da sua sexualidade usando o amor pregado nas escrituras como argumento.
      A heterossexualidade ainda é vista como um modelo a ser seguido. Ridicularizar o “diferente” é uma das armas utilizadas para impor a hierarquização das sexualidades. São piadas de mau gosto, comentários inadequados, agressões verbais e físicas. Homossexuais são agredidos diariamente e um deles é morto a cada 20 horas somente por sua opção sexual.
      A homofobia no país tem a idade da nação. No Brasil Colônia, relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo eram consideradas crime. A criminalização acabou, mas o preconceito se perpetuou. Propagar o ódio escondendo-se em argumentos ultrapassados parece mais fácil que tolerar a diversidade. (Yasmim Pessoa)

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